Se depender dos trâmites da Justiça Desportiva, a questão das torcidas no Clássico-Rei não se resolve tão cedo. São tantos recursos possíveis que, caso seja levado às últimas instâncias, o prazo para uma solução definitiva vai muito além do próximo domingo, dia de Ceará x Fortaleza.
O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (TJDF-CE), Antônio Rodrigues, analisou ontem o pedido de revogação da liminar que estipulou 10% da cota dos ingressos do Clássico para a torcida “visitante”, no caso a do Fortaleza. “O Regulamento Geral das Competições tem que ser respeitado”, entende Rodrigues.
Até o fechamento desta edição não havia resultado para o julgamento. Mas, aceitos ou não os recursos da Federação Cearense de Futebol (FCF) e do Ministério Público Estadual (MP-CE) contra a liminar, a parte descontente com a nova decisão do presidente pode recorrer ao pleno do TJDF-CE, composto por nove auditores.
Se isso acontecer, a polêmica ultrapassa o primeiro Clássico-Rei do ano, que seria realizado sob a determinação jurídica mais recente. “Não tem tempo. Qualquer recurso para o pleno tem prazo a cumprir”, pontua Rodrigues. E se o caso não for resolvido na instância local, ainda é possível apelar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro.
Para fazer valer o plano de Clássico-Rei com torcida única, o presidente da FCF, Mauro Carmélio, se mostra disposto a brigar nos tribunais desportivos: “Pode ser até de madrugada, o que for possível a gente vai fazer”. É esperar pra ver.
TORCIDA ÚNICA
O presidente do Ceará, Evandro Leitão, foi um dos dirigentes favoráveis de que o jogo tivesse torcida única. Acabou perdendo.
DUAS TORCIDAS
O presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, defendia duas torcidas no Clássico-Rei, mas depois mudou posição, a contragosto.
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